quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Exercícios na gravidez ajudam no desenvolvimento cerebral do bebê

Segundo pesquisa, 20 minutos de atividade cardiovascular moderada três vezes por semana já melhoram o desempenho do cérebro das crianças.


Grávidas que se exercitam podem gerar bebês com cérebros melhor desenvolvidos do que gestantes sedentárias. Foi o que descobriu um novo estudo da Universidade de Montreal, no Canadá, apresentado nesta semana no encontro anual da Sociedade para Neurociência dos Estados Unidos, em San Diego.
A pesquisa avaliou dezoito mulheres grávidas e, depois, analisou a atividade cerebral de seus bebês até eles completarem doze dias de vida. Parte das gestantes foi orientada a praticar atividade física a partir do segundo trimestre da gravidez. Elas faziam ao menos 20 minutos de exercícios cardiovasculares de intensidade moderada (pilates, caminhada, passeio de bicicleta ou natação, por exemplo) três vezes por semana. O restante das mulheres não se exercitou ou praticou pouca atividade (menos do que 12 minutos por semana) ao longo da gestação.
Segundo o estudo, quando as crianças tinham apenas dez dias de vida, já era possível observar que o cérebro daquelas cujas mães praticaram atividade física durante a gravidez era mais desenvolvido do que o dos bebês cujas mães não se exercitaram ao longo da gestação. Em testes que monitoraram a atividade cerebral das crianças, os filhos de mães fisicamente ativas foram capazes de reconhecer um novo som com menos esforço do que os outros, mostrando que o órgão deles era mais eficiente.
De acordo com Elise Labonete-LeMoyne, coordenadora do estudo, outras pesquisas já haviam relatado que a atividade física durante a gravidez promove uma série de benefícios à criança, mas essa é a primeira vez em que um trabalho mostra que os exercícios impactam especificamente o desenvolvimento cerebral do bebê. Segundo Elise, ela e sua equipe continuarão a acompanhar as crianças que participaram do estudo para saber se esse maior desenvolvimento cerebral tem efeitos a longo prazo.
FONTE: Revista Veja